População mais velha da Rússia busca lácteos mais por hábito do que por questões de saúde
Os produtos lácteos fazem parte dos alimentos tradicionais na Rússia e têm raízes profundas nos padrões de consumo, com produtos como leite, kefir, creme azero e queijo cottage sendo uma parte regular da dieta, disse um novo relatório da Canadean.
Embora uma das principais razões que direcionam o mercado de lácteos russo seja a satisfação ao consumo, os produtos lácteos podem ter atributos relacionados à saúde, como cálcio para fortalecimento dos ossos, proteína para massa muscular e manutenção da saúde intestinal, que se encaixam em demandas relacionadas à idade, não somente para os consumidores mais jovens, mas para os mais velhos também.
Atualmente, o mercado de lácteos russo oferece muitos produtos voltados à geração mais jovem; ao mesmo tempo, há uma falta de produtos especificamente voltados à população de 55 anos ou mais, que consomem lácteos devido ao hábito muito mais do que por questões de saúde e relacionadas à idade.
Nesse contexto, os processadores poderiam enfatizar os atributos relacionados à saúde dos lácteos. De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose, somente metade das pessoas da Rússia com essa condição sabe que os lácteos são a principal fonte de cálcio, enquanto 36% acreditam que os lácteos são prejudiciais às pessoas mais velhas. Como resultado, os processadores deveriam considerar usar embalagens, advertências e campanhas para educar os consumidores sobre a osteoporose e o papel dos lácteos para evitar isso.
De acordo com a analista do Canadean, Veronika Zhupanova, “com um marketing cuidadoso, os processadores devem encorajar os consumidores mais velhos a aumentar a frequência do consumo de lácteos como parte de um estilo de vida saudável e ativo”. Além disso, as necessidades impostas pela idade motivam 15,6% do consumo total de lácteos de um mercado de US$ 15,4 bilhões. Entretanto, se os processadores puderem comunicar a importância dos lácteos na dieta dos consumidores mais velhos, a influência provavelmente aumentará.
Entretanto, o consumo de alimentos lácteos rico em cálcio pode não ser suficiente, à medida que o cálcio requer vitamina D para facilitar sua absorção. Uma proporção significativa do território russo, especialmente no norte, tem baixa exposição ao sol no inverno, o que coloca sua população em risco de carência de vitamina D. Para evitar isso, os processadores devem lançar produtos lácteos ricos em cálcio e vitamina D. Como exemplo, a processadora russa Valio lançou a linha ProFeel, de shakes de iogurte, que contêm vitamina D e menos açúcar e estão voltados aos consumidores que levam uma vida saudável. De acordo com Zhupanova, “os produtores se beneficiarão do lançamento de edições sazonais, desde que eles eduquem os consumidores sobre a necessidade de uma mudança na dieta durante o inverno”.
Os dados são da Canadean, traduzidos pela equipe MilkPoint Brasil.