Fim de taxas na Argentina não afetará o Brasil
A decisão do presidente argentino Maurício Macri em acabar com o imposto de exportação para grãos foi avaliada como positiva pela ministra Kátia Abreu, na tarde desta terça-feira, 15 de novembro. “Quando um país tributa as suas exportações está tirando a competitividade de seus produtores”, afirmou.
A ministra não acredita que a decisão tenha impactos para o Brasil. “A pior coisa do mundo é você ter vizinho que não vai bem. A coisa melhor do mundo é um ambiente favorável. Então a gente não tem que ter medo da competição. Esse é o mercado”, comentou a ministra.
Macri anunciou na segunda-feira, 14, que assinará um decreto para zerar a tarifa de todos os grãos, entre eles milho, trigo e soja. Antes, o imposto de exportação para o milho era 20%. Já para o trigo, o percentual ficava em 23% e para a carne bovina, 15%. No caso da soja, a tarifa não será eliminada imediatamente e, sim, reduzida de 35% para 30%. O plano da Argentina é baixar progressivamente o imposto do grão até eliminá-lo em 2022. “Quando zerar, os produtores argentinos vão vender o produto no mercado internacional a preço competitivo”, avalia o economista e secretário de Política Agrícola do ministério, André Nassar.
Com o fim de todas as tarifas, o governo argentino estima que deixará de receber US$ 1 bilhão por ano. Em contrapartida, espera aumentar a entrada de dólares no país e estimular a produção agrícola interna. “A medida poderá ter reflexo positivo na safra 2016/2017 dos argentinos, com incremento na produção”, avaliou o secretário. Segundo ele, o estímulo ao setor agrícola não terá reflexos no Brasil. “Nosso país exporta sobretudo soja em grão, enquanto a Argentina é mais forte na venda de farelo”, explicou o secretário.
Data da Publicação: 15/12/15
Fonte: Portal DBO
http://www.portaldbo.com.br/Agro-DBO/Noticias/Fim-de-taxas-na-Argentina-nao-afetara-o-Brasil/14925