EUA liberam importação de carne bovina in natura do Brasil

06/07/2015
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As exportações estão aquecendo o mercado das carnes de frango, de porco e de boi. Essa semana foi fechado um acordo que permite a reabertura do mercado norte-americano para a carne bovina in natura brasileira. O anúncio foi comemorado por frigoríficos e pecuaristas.

 

Em Bandeirantes, no Mato Grosso do Sul, o pecuarista Nedson Rodrigues tem seis mil cabeças criadas de nelore e angus em 7.500 hectares. Há 24 anos, ele assumiu o comando da propriedade da família e resolveu investir em genética de ponta e nutrição. O produtor investe em animes super precoces, abatidos com 14 meses, e animais precoces, que vão para o frigorífico aos 24 meses.

“Hoje a gente consegue produzir animais dentro de um sistema de cria, recria e engorda, animais que atendem a qualquer mercado. Tanto interno com mercados de carne de qualidade, como o mercado externo também. Os animais estão dentro de uma classificação que eles podem atender a todos esses mercados. O fato dos EUA importar a nossa carne vai abrir outros mercados que pagam muito bem por carne”, explica o pecuarista.

 

Em Campo Grande, um frigorífico abate por dia 1.800 bois, em média. Das trezentas toneladas de carne processadas diariamente, 40% são enviados para o exterior.

 

Mas agora frigoríficos do Distrito Federal e de mais 13 estados considerados zonas livres de aftosa terão um novo mercado para explorar: esta semana, o departamento de agricultura dos Estados Unidos assinou um acordo com representantes do Ministério da Agricultura para reabrir as importações da carne in natura do Brasil, que estiveram proibidas nos últimos 15 anos.

 

A medida só vai valer depois de uma inspeção sanitária dos norte-americanos, que será feita nos próximos dias, nos frigoríficos e rebanhos brasileiros, credenciados para exportação. Esse acordo deve abrir novas oportunidades de negócios, não só no mercado americano, segundo o presidente da Abiec, Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, Antônio Jorge Camardelli.

“A entrada pro mercado americano vai facilitar o nosso acesso a países que ainda utilizam artifícios comerciais travestidos de barreiras técnicas e por termos esse passaporte agora, a gente pode ter acesso a um dos quatro maiores importadores mundiais e que também praticam melhores preços, citando Coreia do Sul, Taiwan, Japão e Indonésia”, diz o presidente da Abiec.

 

Segundo a Abiec, a previsão é de exportar já este ano cerca de 15 mil toneladas de carne in natura para os Estados Unidos.

 

Data da Fonte: 05/07/15

Fonte: Globo Rural

http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/07/eua-liberam-importacao-de-carne-bovina-natura-do-brasil.html

 

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